Em tempos de pandemia, cuidar da alimentação é essencial, para isso é necessário
planejar as compras, idealizar os cardápios mais saudáveis e enriquecidos com alimentos que aumentam a imunidade. Deve-se evitar o consumo de alimentos ultra processados, com muita gordura, açúcares e excesso de sódio, consumir mais alimentos frescos e integrais, e uma boa ingestão de água, é fundamental. Lembrando sempre, de ter higiene no preparo e consumo dos alimentos.
Devemos ter uma alimentação equilibrada em nutrientes, com proteínas, carboidratos,
gorduras, sais minerais e vitaminas. Neste contexto, destacam-se os micronutrientes,
constituídos por minerais e vitaminas, sendo os mais relevantes o Zinco, Ferro, o Selênio e as vitaminas A, C, complexo B e vitamina D.
Para consumir quantidades suficientes de zinco, as mulheres devem consumir
diariamente uma porção de carne (100 gramas) ou (200g de soja, semente de abóbora ou
amêndoas) e duas conchas de feijão, e para os homens é necessário consumir o dobro da
porção.
Diversos estudos apontam que a deficiência de Ferro interfere negativamente na
imunidade. Sendo assim, alimentos fontes de Ferro devem compor a rotina alimentar, tais
como vegetais verdes escuros, feijão e carnes em geral, principalmente as vermelhas (dar
preferência por cortes magros). Importante mencionar que para melhorar a absorção de Ferro, deve-se consumir alguma fonte de vitamina C na mesma refeição (ex: espremer limão na salada).
O selênio age em conjunto com a vitamina E, protegendo as membranas celulares
contra a peroxidação lipídica. A pessoa que consome diariamente feijão ou carne bovina,
consegue atingir a quantidade diária recomendada de selênio. Já a vitamina C a orientação é ingerir diariamente 75 mg, no caso das mulheres, e 90 mg, no caso dos homens. São exemplos de alimentos fonte de vitamina C: laranja, limão, acerola, goiaba, caju, kiwi, morango, melancia, salsinha, pimentão vermelho e batata-doce.
A vitamina A, tem como recomendação diária de 700 microgramas (µg) para mulheres
e 900 µg para homens. Suas principais fontes são: bife de fígado, cenoura, batata-doce e frutas de coloração amarelo alaranjada, como manga, mamão e caqui.
As Vitaminas do Complexo B, presente nos cereais integrais como aveia, arroz integral,
quinoa e amaranto, além da banana, batata, nozes e germe de trigo, são ricos em vitamina B6, cuja deficiência está ligada a problemas de defesa do sistema imune. Outro nutriente
relevante para o sistema imune é a Vitamina D, com importante função no tecido ósseo
também. A síntese desta vitamina se dá pela exposição da pele humana aos raios solares UV-B.
As fontes alimentares de vitamina D são escassas e pouco comuns para a maioria da
população (óleo de fígado e peixes, como salmão e cavalinha). Existem alimentos fortificados como os leites e alguns iogurtes. Esta é uma das vitaminas mais analisadas pelos médicos para avaliar a necessidade de suplementação individualizada a fim de manter adequadamente os níveis circulantes no corpo. A reposição sem recomendação de médico ou nutricionista não é recomendada.
Apesar de todos estes esclarecimentos sobre alimentação e imunidade, vale lembrar que diante da atual situação frente ao Coronavírus, o Ministério da Saúde diz que não há nenhuma vitamina, alimento específico que possa prevenir a infecção pelo novo vírus, somente as vacinas, apostar na alimentação é uma forma de auxiliar o organismo a combater efeitos do vírus, caso seja contaminado. Seguir as regras de higiene e evitar aglomeração é fundamental, (Fonte: Asbran/ Ministério da Saúde).
Além do cuidado com alimentação, faz toda diferença se tivermos bons hábitos saudáveis
de vida, tais como:
> não fumar;
> manter um peso corporal adequado;
> evitar o consumo em excesso de bebidas alcoólicas;
> praticar exercícios físicos regularmente;
> relaxar e dormir bem.
GRACIELI SANCHES FABRI SANTO ANDRÉ
Nutricionista do hospital Nossa Senhora da
Piedade -CRN13489
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