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05 de Fevereiro é o Dia Nacional da Mamografia

Atualizado: 8 de fev. de 2021

O câncer de mama é hoje um relevante problema de saúde pública. E a

neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De

acordo com os últimos dados estatísticos do INCA (Instituto Nacional do

Câncer - Ministério da Saúde) no Brasil em 2020, as estimativas de incidência

de câncer de mama são de 66.280 casos novos, o que representa 29,7% dos

cânceres em mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. Em

2018, ocorreram 17.572 mortes de mulheres por câncer de mama no país.

Atualmente, o diagnóstico, o tratamento local e o tratamento sistêmico para o câncer de mama estão sendo aprimorados de forma rápida, em razão de um melhor conhecimento da história natural da doença e das características moleculares dos tumores. Nesse cenário, o planejamento de estratégias de controle do câncer de mama por meio da detecção precoce é fundamental.


Quanto mais cedo um tumor invasivo é detectado, maior a probabilidade de cura.

As recomendações para a detecção precoce do câncer consistem em investigação oportuna das lesões mamárias suspeitas e o rastreamento, que é a realização de exames periódicos em mulheres sem sinais e sintomas da doença. As diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de mama (INCA, 2015) preconizam a oferta de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.


A mamografia, também denominada mamograma ou mamografia digital, consiste em uma radiografia das mamas que procura alterações que podem ser sinais do câncer de mama. O exame usa um equipamento projetado para examinar apenas o tecido mamário e emite radiação em doses mais baixas do que uma radiografia convencional. Como essa radiação não atravessa facilmente o tecido, esse equipamento utiliza um sistema com duas placas para comprimir a mama, de modo que o tecido seja distribuído e se obtenha uma

imagem usando menos radiação.


A mamografia de rastreamento não é indicada para com mulheres com menos de 50 anos porque antes dessa idade as mamas são mais densas e com menos gordura, o que limita o exame. Todavia há um alerta sobre os chamados grupos de risco: pacientes com familiares próximos que tiveram câncer de mama e/ou ovário em idade precoce (antes dos 50 anos), devem ficar alertas e discutir a questão com seus respectivos médicos. Para estas pessoas com história familiar, o rastreamento deve ser iniciado mais precocemente, sob orientação idealmente de um médico mastologista.


Outra recomendação é que mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos façam anualmente o exame clínico das mamas em suas consultas de rotina, seja na atenção primária ou com médico especialista.


Por fim, não se pode esquecer do papel do autoexame. Todas as mulheres a partir dos 18 anos devem fazer o autoexame mensalmente, no primeiro dia após o término da menstruação. Ele é uma importante ferramenta para as mulheres conhecerem seu próprio corpo, o que é fundamental para que detectem alterações nas mamas. Ressaltando sempre que o conhecimento do próprio corpo, apesar de imprescindível, não detecta, em geral, nódulos muito pequenos ou em estágio inicial, quando ainda não são palpáveis. Por

isso, o autoexame das mamas nunca deve substituir a mamografia de rastreamento preconizada.


Dicas para realização da Mamografia:


  • Agende seu exame tentando evitar a semana que antecede a menstruação. Se sua mama estiver dolorida ou inchada, pode ocorrer desconforto durante o exame, além de dificultar a obtenção de boas imagens;

  • Sempre leve seus exames prévios relacionados à mama como mamografias, ultrassonografias e ressonância magnética, deste modo, durante o laudo, o médico radiologista pode comparar os exames, o que aumenta a sensibilidade diagnóstica e facilita o entendimento da história natural da doença;

  • No dia do exame evite usar desodorante ou cremes na região, pois certos produtos podem aparecer como pequenos pontos brancos na imagem e simular calcificações;

 

DRA. FERNANDA FALCO SOTTANO HAFNER

Médica formada pela Universidade de Marília (Unimar). Realizou residência médica em Radiologia na faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA). Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem CBR/AMB. Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e Sociedades Paulista de Radiologia (SPR). É radiologista do Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital Nossa Senhora da Piedade.

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