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Nossa História

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NECESSIDADE LATENTE

   A necessidade de ter um centro de saúde que centralizasse o atendimento era latente. Além de sentir a falta de sua própria santa casa, a sociedade lençoense ainda tinha que conviver com a necessidade de encaminhar seus doentes mais graves para o hospital de Agudos. A construção do Hospital Nossa Senhora da Piedade começa no contexto do Estado Novo.

O PRIMEIRO PASSO

 

    As discussões em torno da necessidade de um hospital em lençóis ganharam contornos práticos em 1936, quando a bancada do Partido Republicano Paulista apresentou a Câmara Municipal projeto autorizando o então prefeito Bruno Brega a doar um terreno da municipalidade para a obra e repassar 20 contos de reis para o inicio da construção.

 

    O assunto entrou em pauta no dia 22 de outubro e causou discussão entre os vereadores da época Raul Gonçalves de Oliveira considerava que para a construção do hospital em Lençóis, seria necessária a existência de um fundo, já que haveria despesas não só com a construção, mas também com a manutenção. Médico por formação, Leão Tocci dizia que o terreno a ser doado era muito próximo do centro. O projeto foi aprovado naquele mesmo dia, com cinco votos favoráveis e dois contrários de Raul Gonçalves de Oliveira e Lúcio de Oliveira Lima.

O NOME DO HOSPITAL

 

    Apesar da urgência apontada, a primeira reunião para a criação de comissão que iria colocar a obra em prática só aconteceu dois anos depois, em 31 de maio de 1938, no salão nobre da prefeitura. Nessa reunião, ficou decidido que a entidade se chamaria Hospital Nossa Senhora da Piedade, em homenagem à padroeira do município.

 

    Segundo o livro "Hospital conta sua História desde 50 anos", de Florindo Paccola, a primeira reunião contou com a presença de Alípio Augusto Pereira, Antonio Segalla, Assad Feres, Bruno Brega, Dalila de Oliveira, Antonio Leão Tocci, Ester Tosa, Jacomo Nicolau Paccola, Joaquim Anselmo Martins, José Garrido Gil, Lina Bosi Canova, Lucila Ferreira Braga, Luizinha B. Brega, Lydio Bosi, Manoel Moreira da Cruz, Maria Carlota Masseran e o padre João Afonso de Moraes.

 

OS TRABALHOS DA COMISSÃO

    Na segunda reunião em 3 de junho de 1938 a comissão foi empossada. O prefeito Bruno Brega foi eleito presidente e o presidente da Câmara, o médico Antonio Leão Tocci, o vice-presidente Jacomo Nicolau Paccola foi o primeiro secretário e a professora Lina Bosi Canova a segunda secretária. Os tesoureiros eram o médico José Garrido Gil, por falta de recursos hospitalares. A criança precisava de uma cirurgia e foi transferida para o hospital de Agudos, mas morreu antes de ser atendida. O acontecimento mobilizou a população em geral especialmente a classe política e em 1940 a obra começou. A pedra fundamental foi lançada em maio de 1940 pelo interventor federal no Estado São Paulo, Adhemar de Barros e por sua esposa, Leonor Mendes de Barros.

POSSE DA DIRETORIA 

    Em 15 de janeiro de 1942 foi decidido que inauguração do hospital seria em 25 de janeiro de 1944. No mesmo dia a comissão elegeu e empossou a primeira diretoria do Hospital Piedade. O médico e prefeito Antonio Leão Tocci foi diretor clinico e Geraldo Pereira de Barros o provedor. O vice Provedor era Gino Augusto Antonio Bosi. Jácomo Nicolau Paccola aparece como primeiro provedor e Lina Bosi Canova como segunda provedora. O médico José Garrido Gil foi o primeiro tesoureiro. O padre Salústio Rodrigues Machado também integrou a primeira diretoria como representante da paróquia.

A INAUGURAÇÃO

 

    A inauguração aconteceu dia 25 de janeiro de 1944 com missa campal rezada pelo padre Salústio. O diretor clínico do hospital que era o prefeito Antonio Leão Tocci, fez em público o pagamento final da construção ao engenheiro José Carrilho Ruiz.

PRIMEIRA CIRURGIA

 

    A primeira cirurgia foi realizada no dia 17 de fevereiro de 1944 e foi registrada em filme por João Moura Camargo. A paciente era Maria Ferreira, que sofreu uma cirurgia de apendicite. O cirurgião foi Antonio Leão Tocci auxiliado pelos médicos Antonio Tedesco e João Paccola Primo. Trabalharam como anestesistas improvisados no caso, os enfermeiros Winter Malatrasi e Irmã Germana.

A CHEGADA DE CATARINA

 

    Durante os dez primeiros anos de funcionamento o Hospital Nossa Senhora da Piedade não teve ambulância. Em 1955, o médico Antonio Tedesco doou uma ambulância usada, marca chevrolet, ano 1946. O veiculo foi carinhosamente apelidado de Catarina pelo seu primeiro motorista, Antonio Benedetti.

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